27 junho 2013

Comentários sobre o livro Viagem Solitária

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Oscar Santos17/1/2013
Concluí a leitura do Livro Viagem Solitária, de João Nery hoje, e é impossível não escrever sobre.
Bom, comecei a leitura há aproximadamente cinco meses. Cinco meses em que vivi um turbilhão nos campos profissional e afetivo, do qual me lev
anto agora meio “capengo” ainda. O que quero dizer é que as breves leituras da história do João nos tempinhos vagos que eu conseguia, me serviam como aquelas leituras de auto-ajuda. Sim, porque quando você está pensando que nada pode ser pior do que o que está vivendo, vai ler sobre outras vivências pra ver.

Meu grande amigo Icaro, que leu o livro antes de mim, me disse: “Bicha! É um livro de ler com o estômago!”. Complemento, é de ler com o estômago contorcido, querendo por pra fora todo o nojo de tanta repressão do SER.

Inúmeras vezes a leitura me causou náusea, mal-estar e muita emoção. Viver a agonia da espera por um laudo assinado por quem vai dizer o que você é ou não é, de acordo com a sua concepção de identidades pautada numa normatividade de gênero sufocante. O pânico, as dores, os efeitos de uma série de transformações corporais que submetem a situações constrangedoras, humilhantes. A dignidade parecendo ser toda retirada junto das mamas e do útero.

O João escreve de forma que te obriga a uma empatia impressionante. Ainda assim, mesmo que eu usasse de toda a empatia que ele provoca, eu jamais poderia dizer que faço ideia do que esse cara viveu.

Uma sensibilidade invejável. O João parece degustar o prazer não só da sua vida, com todos os horrores que viveu, mas o prazer das vidas que lhe cercam. Acredito que estas foram a maior fortaleza dele ao longo de tantos anos, pelo que demonstra na obra. E o carinho pelo filho que, como disse: “escolheu para amar”, é algo que espero um dia conhecer.

Morremos de medo da velhice. É ótimo encontrar uma passagem do poema “Velhice”, do João, que diz: “Dá-me, enfim, a ousadia necessária de me ver gargalhar, com a dentadura a gargalhar dentro do corpo.” Sem exageros, eu me sinto revitalizado pela vontade que esse cara tem de viver!

Muito feliz eu fico em saber que em setembro, se tudo der certo, João vem pro Sul, participar da Segunda Semana da Diversidade de Passo Fundo e Segunda Parada da Diversidade de Passo Fundo. Anciosíssimo em conhecê-lo pessoalmente!


Rosy Stefanes 17/1
Agradecemos de coração a ti João W Nery, por ter aberto as portas de tua vida para que possamos compreender um pouco mais, para que possamos pensar juntos a difícil tarefa de descobrir "quem somos?" Com certeza este livro nos abre infinitas possibilidades do conhecimento de nós mesmos e do " outro", nosso próximo.
Também destaco a importância do teu trabalho demonstrando a tua luta para fazer parte de uma sociedade que em geral, não inclui, mas exclui e também descarta a diversidade, tentando fazer com que todos se amoldem a "categorias" únicas (homem-mulher). VIAGEM SOLITÁRIA constitui assim um maravilhoso aporte, sinto nele a urgência de conscientização de uma sociedade que possa incluir todas as pessoas sem distinção de identidade, orientação sexual... bom, é um caminhos para conseguir um enriquecimento dentro da diversidade sexual, que até o memento foi negada, 
estigmatizada e castigada.
BOA NOITE JOÃO ...SEU LIVRO ME MOSTROU QUE DEVEMOS LUTAR PARA SERMOS QUEM QUEREMOS SER NÃO DEIXAR QUE PEDRAS, CRITICAS ...NOS ATRAPALHEM ,PORÉM MEDIANTE A ESSA SUA LUTA QUE FOI ARDUA MAS COM MUITO EXITO QUEM MAIS GANHOU COM TUDO ISSO FOMOS NÓS POR TERMOS RECEBIDO TÃO SUBLIME ENSINAMENTO DESSE ESPIRITO EM EVOLUÇÃO E DISPOSTO A NOS PASSAR TAMANHO ENSINAMENTO .OBRIGADA JOÃO PODE TER CERTEZA VC FEZ DIFERENÇA NA MINHA VIDA .BJS NO SEU CORAÇÃO.
João , seu livro foi importante demais pra mim...Através das suas palavras e da sua história hoje eu encaro a minha vida de forma diferente,me ajudou muito! É gratificante saber que existem pessoas assim como você! Grande abraço de una pessoa que te admira!
Nícolas Borcezi  8/2
Joao W Nery II é um ícone no universo Transman, seu livro Viagem Solitária retrata as dores e delicias de ser quem se é, claro que cada trans tem sua rica e única experiência, porém, existem pontos cruciais bem parecidos com todos àqueles que passam pela transição. Lendo, o trans se identifica, e o não trans, poderá pelo menos entender um pouquinho do nosso universo,e assim quem sabe respeitará quem somos, o que somos!
Sarah Munizpublicou em 16/2
Parabéns João seu livro é maravilhoso, nos faz refletir, nos fala de sentimento, de um sentimento real, nos prende e nos faz sentir todas aquelas sensações é tudo tão sincero que conseguimos vivenciar todas as situações que você viveu, na realidade nunca parei para imaginar como seria difícil não ser compreendido.
Parabéns novamente pelo trabalho, parabéns pela coragem.
Td de melhor pra você.
Leandro Valois 19/2

seu livro me ajudou a me encontrar e também ajudou ao meu pai me entender!!
 Seu livro é um presente à humanidade, adorei e estou adorando a leitura, é super agradável, fascinante e reveladora, nos prende a cada capítulo. Estou indicando aos meus amigos. "Viagem solitária" não será mais solitária se depender dos seus leitores. Ah...meus irmãos também me chamam de “Van”!hehehe!Parabéns, João!
Laguna Dana Sunrise 1/3

VIAGEM SOLITÁRIA

Para além do interesse que a transexualidade possa despertar, o livro já vale por si. Uma obra literária. O autor chega ao ponto de recuperar estados de espírito por conta até do que fazia, do que dizia e do que pensava na cama neste ou naquele momento. Quer dizer, como é que ele vivia o sexo com um corpo diferente? E há várias citações literárias dele e de outros autores no começo dos capítulos.
 
Como é ser transexual? Pode ser, em parte, uma vivência especialmente sofrida. Bom, todos sofremos e há possibilidade de superação dos problemas. Mas no caso de Nery, a vivência é muito específica. Como fica a cabeça de um homem que tem vagina? O que é o desejo, à primeira vista, banal, de ser chamado, a todo custo, de João e não de Joana? Como é construir, muito mais por si próprio, sanidade mental e felicidade no meio de tudo isso?
 
Há um momento do relato em que Nery fala de um problema familiar que se tornou dramático o suficiente para que sua condição fosse associada à patologização e à condenação bíblica. Impensável, isso, no meio mais esclarecido de que o escritor sempre fazia parte.
Outra situação, oposta, é também dramática. Foi o esforço para encaminhar os trâmites de sua cirurgia. Coração a mil. Perder o ar quando começou a se informar melhor sobre transexualidade, psicoterapeuta temeroso, depoimento desfavorável da mãe, médico do coração, visita inesperada da sogra, etc.
 
Por fim, o espetáculo da sua relação com o filho. O filho o ama incondicionalmente no que diz respeito a ele ser transexual.
Em vista de uma vivência de décadas, vem bem a calhar o lançamento e divulgação desse livro no contexto de um debate bastante polarizado entre religiosos conservadores e movimentos de minorias. Principalmente agora em que o Pastor Marcos Feliciano chamou a AIDS de doença gay...
 
(Vai nessa, Nery!)
Antonio Aruanda2/1
Querido João, embora sua “Viagem” seja “Solitária”, peço licença para viajar contigo. Comecei nesse momento a ler sua obra e estou fascinado, e mais ainda por você, já que sou seu fã muito antes de lê-la. “Viagem Solitária” é um instrumento de ampliação da consciência. Sempre pensei e senti a sexualidade como algo verdadeiramente plural, repleto de possibilidades e te agradeço por me auxiliar em meu processo evolutivo como se humano, como ser divino. Beijo.
que coragem hem???? adorei teu livro viagem solitaria. parabens mesmo..... mae do alex. q deus de ilumine p ajudar quem precisa de teu apoio.
Bruno Coelho 17/03
João querido,
Acabo de finalizar a leitura do seu livro e tenho q parabenizá-lo pela coragem em expor sua história assim para nós, como um livro aberto. A separação das quatro partes nos mostra as peculiaridades de cada uma dessas fases, desde a sua descoberta da sua real identidade de gênero, a busca por procedimentos estéticos que pudessem de alguma maneira minimizar seu sofrimento psíquico, o processo doloroso de ter que se submeter a eles e os desafios de ser pai.
Se eu já o admirava pela simplicidade com a qual chegou aqui em Juiz de Fora, na II Semana da Diversidade Sexual, em 2011 (admiração essa corroborada qdo o vi no ENUDS do ano passado), após ler o seu livro, pude perceber o qto vc é guerreiro e forte, sem perder a sua sensibilidade e sua docilidade. Confesso que o admiro cada vez mais...
Eu poderia ter lido seu livro antes, já que faz um tempo q vc passou por Juiz de Fora. Contudo, estava passando por um momento de desconstrução de gênero (o qual ainda estou passando, mas com mais certezas e forças para lutar) e preferi adiar a leitura. Deixei para realizá-la em um momento estratégico, qdo já estive mais consciente de algumas coisas. Me identifiquei em mtos pontos com vc, seu sofrimento. Certamente, não me enquadro nos padrões heteronormativos a mim impostos e estou em um momento de começar a lutar e dar continuidade ao meu processo. Qual processo é esse? Talvez vc já possa imaginar, mas tenho q ir devagar para que minha família processe tudo e eu possa tbm dar continuidade aos meus estudos. Pode ter certeza q te conhecer e ler seu livro impactou de forma positiva na minha história de vida, ajudando-me a buscar minha autonomia e ser protagonista da minha própria história, inclusive sob meu corpo.
Bem, não posso datar o fim desse processo (até acredito q não tenha um fim), tão pouco dizer quando precisamente estará mais explícito na esfera pública, mas cada conquista cotidiana me anima. Além disso, exemplos como vc nos motivam.
Agora, seu livro foi parar nas mãos da minha mãe. Eu perguntei se ela gostaria de ler e ela balançou a cabeça afirmativamente. A obra veio no momento certo. Com certeza, vc a atingirá e abrirá mais portas dentro da minha casa.
Só tenho a lhe agradecer!

Catherine Moreira 17/3
Uma viagem às vezes pode começar solitária... Seu livro é um passaporte para partilharmos deste incrível caminho desbravado pela sua coragem. E coragem, sabemos, é agir com o coração...
Para além da compreensão de sua trajetória pessoal você nos presenteia com uma rica oportunidade de entender em um riquíssimo contexto histórico, as relações de gênero, as imposições sociais, a violência simbólica que impõe a todos nós experenciarmos uma vida na qual não somos os protagonistas. A reflexão apresenta-se como única alternativa possível. Um despertar inevitável. Gratidão! Juntos no Caminho!
O seu livro é simplesmente arrebatador, sobre a questão da homofobia em pleno período da ditadura, sobre a realidade a qual você teve que aceitar para se iniciar a cirurgia de mudança do órgão reprodutor...Te dou parabéns, já ouvi uma palestra sua na FMU no 1º semestre de 2012 sobre convite do Curso de Serviço Social....
Hannah Oliveirapublicou  27/3
Caríssimo João!
Terminei de ler o "Viagem Solitária" a alguns dias, ainda estou me recuperando da falta que o livro me faz. É difícil encontrar as palavras certas para descrever minha opinião, cheguei a duas: Obrigada e Parabéns! Obrigada pela oportunidade de compartilhar da sua história de forma tão bela e poética e parabéns pelo ser humano lindo que é... Histórias como a sua merecem todos os holofotes para construirmos uma sociedade de igualdade e respeito. Me emocionei diversas vezes, vibrei com as conquistas, senti as pedras pelo caminho, este foi sem dúvida um dos melhores livros que já li. Abraços e muito axé!!!!
Luan Globalizado 27/3
LINDO!! Um beijo enorme e OBRIGADO por existir e ser um exemplo a ser seguido...seu livro é EXTRAORDINÁRIO e me ensinou a entender melhor os transgêneros!!
joão ... Li e reli a tua "viagem Solitária". Tua escrita busca desnudar um campo fecundo de preconceito ... de arbitrariedade ... Através da tua viagem o território de um transexual é invadido. Território que transpõe os limites entre o certo e o errado ... o sagrado e o profano ... o moral e o imoral ... o puro e o impuro . Através das tuas memórias constituídas de vidas e corpos em movimentos, apresentastes os efeitos da violência que marca o corpo ... a vida ... a alma. Viagem solitária ... Potencializador de surpresas ... Contato verdadeiro ... Possibilitador ... Catártico ... Transbordante ... Transpar~encia colorida ... Experi~encia do encontro ... Turbullência equilibrante ... Libertação do eu, dos nossos eus... GRANDE E FORTE abraço!!!! Marco
Estou lendo o seu livro e adorando. Não tem um capítulo que não me faça chorar. O seu jeito de escrever torna tudo mais intenso, mais profundo, mas sem perder a delicadeza. É lindo o modo como você revisita o seu passado, é lindo o modo como você mesmo se vê. Obrigado por compartilhar isso conosco. Seu livro é uma grande inspiração. E sua presença na mídia e no ativismo em prol dos direitos das pessoas transgêneras, ainda que "tardio" é um grande consolo. Ter pessoas tão sensíveis como você falando por nós traz muita força e vontade de viver. (Muito embora neste momento o que eu tenho feito menos seja viver de verdade...) Acabei de adicioná-lo como amigo no Facebook, espero que me aceite. Ser seu "seguidor", como já o sou há alguns meses, de repente deixou de ser suficiente e quis ser seu amigo.
Obrigado João, por todo conforto, paz e compreensão que você tem me trazido, através da leitura do seu livro e também de ver suas entrevistas no youtube. Espero ter um dia o prazer de lhe conhecer pessoalmente.
Maryana Marcondes 3/4
Então achei uma super iniciativa vc escrever a sua história, pois ela é corajosa e vanguardista termo meio estranho ?rs mas sério ,sou universitária aluna do curso de ciências sociais
tive contato com alguma literatura sobre gênero ,mas quase nenhuma apresentação sobre a transexualidade, além de teorias e estudos que vc faz questão de abordar no texto,dá carne e osso ou seja 
tira a "frieza" do tratamento conceitual da teoria mostrando de um viés subjetivo,alertando também que são questões políticas chegando em boa hora como podemos notar o exemplo deste conservadorismo religioso que expande em nosso país,gostei também da leveza de sua escrita,tratando as situações com sentimentos e bom humor,
enfim me mostrou uma outra realidade.
Di Spagnuelo4/4/13
 Joao, o seu "Viagem Solitária" foi importantíssimo para me ajudar com minha própria história. Sinto felicidade em ter passado na livraria da minha universidade, certa tarde, em busca de uma boa leitura e ter encontrado sua obra, por acaso, num momento extremamente oportuno. Temos sorte de você falar em nome de todos nós, com uma voz tão sábia e carregada de coerência. Você é nosso orgulho.

Quando comecei minha caminhada rumo à transição, procurei ajuda psicológica e presenteei minha terapeuta com seu livro. Fiz seu conhecimento caminhar. Minha psicóloga, que honestamente disse nunca ter atendido um caso de disforia de gênero, foi estudando, interessando-se e me ajudou/ajuda muito. Falamos sempre de "Viagem Solitária" nas sessões.
 Através de Viagem Solitária, compreendi o que é a transexualidade. E mais ainda: entendi que a experiência humana é muito mais plural do que em geral nos ensinam. Então, a corajosa trajetória de João Nery nos oferece essa visão da diversidade humana. E nos convida a respeitá-la. Obrigada, João, por nos dar a conhecer sua história. Que o conhecimento nos livre do preconceito, do desrespeito e da violência. Beijos, com admiração.
Patricia Rossi  8/4
To encantada com a história de vida de Joao W Nery II!!! Coisas boas que a monografia traz pra vida da gente! Pessoa fantástica
Núbia Carla Campos  8/4
Tb vim dar minha opinião sobre o seu livro: Fantástico, fenomenal, mto interessante mesmo poder compartilhar dos seus sentimentos mais profundos e das dificuldades do dia a dia, o quanto tdo que poderia parecer simples se tornava difícil. Na minha opinião, impossível não ficar tocada e entender pelo menos um pouco do que vc (representando mtos outros pelo mundo) viveu e vive por causa das diferenças. Foi um ampliar de visão de mundo demais. obrigada!!!
João, nunca parei para agradecer a lição de vida que aprendi a partir de A viagem solitária. Obrigada por abrir sua vida, suas experiencias boas e não tão boas. A vida continua complicada, muitas pessoas continuam cegas a outras realidades, o que muda é que eu acredito, acredito que não hoje, mas um dia isso vai mudar! Obrigada! 
Mergulhei nessa historia de vida rica de ternura e amo. Nuss... Vivi a leitura de uma maneira que nos momentos de pausa ficava pensando no que ainda estava por vir, sofri nos momentos de dor e me alegrei nos momentos de felicidade. Quando o livro chegou ao fim me perguntei, e agora?! Vivi cada momento como se participasse da sua vida, João Nery. Viagem solitária é um exemplo generoso de força, de coragem, de persistência e de amor. É admirável a maneira que se comportou nas adversidades contidas em sua vida. Lutou pelo seu sonho alcançando todos os meios para isso. Conquistando a confiança e o respeito de muitas pessoas. Importante salienta que mesmo com todos os problemas e dificuldades Nery ainda encontrava disposição para ajudar outras pessoas e doar-se com carinho e amor para com as pessoas que se encontravam em sua vida mesmo aquelas que não aceitavam a sua verdade. Ressalto ainda que é de fácil compreensão a forma que se explica a transexualidade no livro.
Grasielly Pereira Costa 8/4
 

Recentemente embarquei em uma viagem solitária, onde fiz uma analise introspectiva. Cheguei num lugar até então desconhecido,repleto de novidades num contexto surpreendente. Neste lugar pude me encontrar com Joao um ser encantador que me fez refletir e descobrir o quanto vale a pena lutar por 
aquilo que se acredita. Sua história e recheada de coragem, luta, sofrimento e muito amor. Em vários capítulos me fez chorar, sorrir e desejar ter vivenciado algumas etapas contigo. Sinto-me como se precisasse lhe abraçar e dizer olho no olho que estarei do seu lado sempre que precisar. E até engraçado sentir essa vontade por alguém que fisicamente está tão distante, mas emocionalmente me sinto muito próxima. Vc com toda sua fragilidade, massacrado pela sociedade hipócrita e preconceituosa, manteve sua doçura e afetividade.
Aprendi com vc que devo ser mais forte e bancar a minha felicidade sem me preocupar com a opinião alheia. 
Me fez enxergar o amor onde só existia incompreensão.
Obrigada meu amigo por existir e não ter desistido da sua história e pela sua generosidade em dividi-la com milhões de pessoas. :)
Thiago Uchôa 9/3
Opa, boa noite, João! Seu livro é maravilhoso... Foi um divisor de águas pra mim. Foi o primeiro contato que tive com toda a ideia da transexualidade e foi seu livro que me fez entender que eu não sou maluco, tem mais gente como eu pelo mundo inteiro e que me deu coragem pra me assumir o homem que sempre fui. Foi um livro que senti mais do que li, e provavelmente por isso é um dos meus livros favoritos. Sua história é bonita e forte e inspiradora. Achei toda sua atitude corajosa, da transição à publicação do livro. E é definitivamente um relato que eu aconselharia a qualquer um que deseje entender um pouco mais não apenas do universo trans, mas principalmente da força que um ser humano pode ter sem sequer saber. Um lindo relato. Parabéns por tê-lo escrito e por ter vencido sua batalha!
queria te agradecer, Joao W Nery II por ter tido a coragem, perseverança, humanidade, dignidade, a força, de ter compartilhado suas vivência em num livro tão cheio de lição de vida como o seu! Me senti totalmente lisonjeada por sua atitude de divulgação, por ter tido a oportunidade de conhecer/ler/sentir seu livro e de ter te conhecido pessoalmente no Curta O Gênero! Parabéns pela pessoa linda que vc é!
Aline Pereira 9/4

No ônibus, quase lotado, meus olhos encheram-se de lágrimas ao ler o nascimento do seu filho, e não consegui segurar o riso quando li: "como vc faz pra tirar o seu, eu não consigo"!!
É muito bom poder dizer para o autor do livro que estou ADORANDO, e poder lhe dar parabéns e obrigada!
Caro João...Acatei tua sugestão, comprei o teu livro e devorei saboreando o tema e tua estória. "Sublime Narciso que passou pala caverna de Quíron e sentiu todas as dores para renascer como é."...Impossível não ser poético no relato de sensações que tua obra incita. Queria te falar dele logo que acabei de ler...Sim, fiquei algumas noites zumbizando pelo ímpeto de absorver tão envolvente estória sua,e que é minha agora também. Mas esperei pra decantação das idéias e sensações....
Agradeço por todos e todas e um tanto mais de generos que brotam dessa sua iniciativa, que deixa de ser pesssoal pra ganhar mundo. Teu livro liberta. Construo nesse momento da minha vida uma idéia, que, focada no teatro ganha vida dia- a dia. Eu nesse espetáculo,sou músico, ator e astrólogo, junto á uma garotada formada em Ouro Preto, queriamos falar sobre transgenitalização...dentro e fora. Físico e psiquico...Ao ler teu livro no intuito de informações sobre o tema, fui arrebatado pelas sensações... ouvi as notas sutís e intensas dessa jornada que não mais é solitária, pois centenas de jornadas e caminhos se cruzam ao teu.Sem mais delongas e rasgações de seda, meu caro, tua estória é muitas estórias, vale outras tantas narrativas, pena não estarmos lá no momento para acalentar tuas dores e beber aos momentos de glória, mas de certa forma estamos agora lá...palavras muito bem desenhadas por um artísta dos signos...Seja bem vindo a minha vida...Assim como partilhei da tua, gostaria que conhecesse mais esse espetáculo que te falo. Estamos num momento político-social que desenha uma curva, e de mãos dadas, nínguém cairá!
Salve tua força!
Maria Gabriela Abreu 2/5

João, acabei de ler o teu livro na segunda-feira. Primeiramente, como professora de Língua Portuguesa, não posso deixar de ressaltar a excelente maneira como escreves. Narrativa fluida, enredo bem construído; com certeza o talento para a literatura é mais uma das tuas grandes habilidades. Não posso deixar de afirmar também que, sim, tornei-me uma pessoa melhor, um ser humano mais experiente, esclarecido e humano depois da leitura de parte da tua vida ( se ainda não tornei-me, reacendeu a vontade de tornar-me). Quero agradecer-lhe por proporcionar-me experiência tão libertadora e esclarecedora, pelos momentos em que chorei contigo, em que rimos juntos, em que lamentamos, ficamos com raiva, amamos e vivemos. Obrigada, amigo que me parece tão íntimo.





Bom, o Viagem Solitária pra mim foi um aprendizado que veio de uma simples curiosidade minha. Como não trans, esse livro foi pra mim um imenso humanizador, me fez ver a tristeza e a verdade envolta por Seres Humanos não culpados por serem o que são, mas também não acomodados com sua realidade. Vocês são, acima de tudo heróis por viverem e sobreviverem a todas as dificuldades passadas sem perder a essencia e a alma! Parabens, você tem uma nova fã que leu o seu livro inteiro, e se emocionou em todas as páginas. Beijos!

Helena Ferreira 20/5/13
uma delicia de prazer e emoção, dor e encontro sua obra 'VIAGEM SOLITARIA..", leitura necessaria par toda uma sociedade em transformação e amadurecimento etico..
Em breve vou escrever minha opinião sobre seu livro.... Mas te adianto: iniciei a leitura, e simplesmente devorei cada página... O término do livro, foi um luto... Eu não queria que terminasse... Ficar sem a companhia daquele sujeito, o João, narrando cada fase vivenciada, com os sentimentos mais peculiares possíveis (medos, (re)descoberta, coragem, força, fragilidade, sensibilidade, (in)tolerância, amor a vida, amor no que acredita...)... Ficar sem esse sujeito, foi bem ruim... Você João, me acompanhou por exatos 13 dias... Mas depois, percebi, que a sua companhia, a sua vivência está hoje impregnada na minha maneira de "ser sujeito" nesse modelo societário...

Sergio Raydan 27/5
 
Joao acabei de devorar a tua historia recheada de descobertas !!! Narrada de forma objetiva e esclarecedora ! Imagino a tua dificuldade em plena ditadura ! Me enche de orgulho saber que vc faz parte de uma militancia digna e apos ler a ultima pagina eu havia me transformado em uma pessoa bem melhor !!! Obrigado Joao !!!!

Vivian Fróes 31/5

Estou lendo seu livro e me emocionando muito. Me prende tanto, que é a única coisa que me faz desligar de outros pensamentos difíceis que rondam incessantemente minha cabeça sempre na hora que vou deitar para dormir e que geralmente me impedem de dormir. Me prende e me faz relaxar. Estou adorando! Intenso, verdadeiro e me identifico demais... Quando acabar lhe digo o que acho na íntegra 
Camila Andreólli 2/6
Seu livro è maravilhoso,relata a vida de um ou uma transexual com detalhes!!!Minha historia foi muito parecida,varios conflitos da infancia,adolecencia e ate dias de hoje!!!Seu livro ajudara muitos e muitas trans pois relata com a mais pura verdade a vida do cotidiano seja ela boa ou ruin e ainda ajudara na luta pelos nossos direitos!!!
Vc è incrivel adoro demais seu trabalho!!!
Na minha epoca nao tinha livros como o seu que pudesse me explicar sobre o assunto!!!
Livros como o seu era pra ter em escolas do Brasil!! Beijos amore!!!
 a forma engraçada como traduz a história da sua vida no livro é d uma ajuda muito grande e mostra á muitos que o mundo transexual, homossexual, seja la o rotulo q deem, não é d todo colorido........achei muito forte a passagem com sua mãe,no momento da consulta e a saida do laudo......interessante a reação e acho q posso dizer um colapso de sentimentos entre um e outro, a parte do seu filho,dos valores passados e aforma como ele te defende .......suicídio, a parte crucial do seu livro,onde em momento certo ele veio a minhas mãos, um presente de uma amiga, tenho que fazer como você......sair do palco e ser publico, assistir e tentar rir de mim mesmo.....tenho pra mim esse um livro de auto-ajuda,não sei se essa foi a intenção,mas tam me auxiliando até mesmo a me entender, mesmo sendo situações diferentes em relação a você ser homem e eu mulher,vamos colocar assim......mais são momentos e citações parecidas ....muda apena as datas,os anos mais infelizmente o preconceito é bem maquiado.........mais te acho muito corajoso em fazer oque fez, em ser oque é,sem vergonha de ser apontado.....posso dizer que minha vida tem uma mistura de Lea T com Joao W Nery II............parabens....recomendo o livro...
Ahígia Arcanjo 5/6
terminei a leitura de seu livro com menos de 2 dias lendo-o. Me peguei surpresa, por em algumas partes, identificar sua vida com a minha própria ao iniciar a adolescência. Nunca passei por uma crise de orientação sexual, ou de não me identificar com meu gênero. Mas, de forma semelhante, não me identificava com o meu corpo. Sempre me senti feia, desengonçada, gordinha, a ponto de socar algumas partes do meu corpo, tal como vc narra que fez em seu livro. Nessa parte, chorei. Chorei por ter sido tão egoísta a ponto de achar que meu problema era tão grande! Fiquei pensando:" o João é sim um cara forte. Eu, no lugar dele, não teria conseguido prosseguir. Provavelmente teria tentado dar cabo da minha vida..." De novo, me vi uma egoísta. Como pode desistir da vida sabendo que é através dela que se consegue vencer??
Mais ainda, seu livro veio como fonte de reflexão. Como são bobos os nossos problemas... Devemos sempre achar a graça neles, não é isso??!! Seu livro me ajudou a concluir que sempre devemos achar forças para continuar a caminhada e vencer na vida. Você é exemplo! Falei com meus pais, todos deveriam ler o seu livro. Realmente, como disse Houaiss, leiam e humanizem-se. E é isso que acontece, acabamos a leitura da sua obra mais humanos....Celina Jorge  8.6
Nunca te respondi sobre seu livro por não ter tido a oportunidade de lê-lo.
Eis que quase um ano depois do primeiro contato, o Viagem Solitária me cai nas mãos com um "Comprei esse livro mas é chato.. Tu gosta desse cara né?"
Fui ao delírio. 
E lendo tua história ri, chorei, larguei o livro num canto quando doeu pra voltar a lê-lo poucas horas depois de respirar, fumar um cigarro e pensar na vida.
Me identifiquei com vários trechos. Soluçava feito criança abraçada com meus cachorrinhos. Foram dias de uma viagem interior muito rica, intensa e liberadora.
Acho que depois de tudo eu gostaria de mudar minhas declarações anteriores e trocar o "parabéns" por um "muito obrigada", aliás, por um só não, por vários!


Joao W Nery terminei de ler seu livro '' viagem solitária'' e cada momento que voce vivenciou ficava imaginando a cena.De voce taxista, o que deve ter enfrentado.A parte do banheiro principalmente, o quanto era dificil pra voce e os demais trans.Os seus relacionamentos amorosos.Tudo, não consigo nem deescrever a parte que me foi mais dificil de imaginar e de ler.Mais sem dúvida, achei tão bonito a sua relacão com seu filho..e acredito que ele seja um homem muito interessante pela educaçao que deste a ele, e concerteza um filho muda tudo na nossa vida, nos faz ver e sentir coisas que nunca imaginávamos sentir e ver, muito bonito mesmo a relacao.Também a parte do encontro de voce e de seus amigos trans. Cada um contando suas historias e dificuldades, mais também suas conquistas.Da sua relaçao com sua familia.

acabo  de ler seu livro ‘Viagem solitária’, que história de vida maravilhosa!
Posso te afirmar que foi muito mais do que esperava, pois não só pude obter mais informações sobre o tema, mas também pude obter grandes aprendizados e lições de vida.Sempre simpatizei e me identifiquei muito com o assunto e a primeira vez que tive contato com a sua história, foi meio que sem querer, em uma entrevista ao ‘provocações ‘da tv cultura (ainda na época com o rosto encoberto) me lembro que fiquei muito intrigado a seu respeito, e logo depois pude ver uma entrevista mais aprofundada com a Marília Gabriela no sbt, onde soube a respeito do seu livro e logo em seguida o adquiri, sem sombra de dúvida, foi uma das minhas melhores aquisições, pela sua pluralidade: Uma lição de vida, um manifesto de humanidade, e um exemplo de superação e coragem em um só livro! Admiro demais a sua força, e assim como você, sonho com um mundo onde não haja essa ditadura dos sentidos que nos oprime nos dias atuais, onde não haja ‘padrões normativos’ tão rígidos e onde se tenha espaço, respeito e liberdade para a livre expressão da diversidade e direitos civis igualitários para todas as minorias.Parabéns João, pelo livro, pela história e pelo exemplo de ser humano que é!Grande Abraço
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Uma amiga anônima diz que:
tive um namorado trans, e na época eu não entendia ele... e acabamos terminando, ai depois q li seu livro eu mandei pra ele de presente... com um pedido de desculpas.
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VIAGEM SOLITÁRIA - Livro de nosso companheiro do Irreligiosos, JOÃO W.NERY.

Estou lendo o livro VIAGEM SOLITÁRIA de nosso ilustre companheiro, JOÃO W.NERY. 
Deparei-me com um trecho de seu livro onde ele relata sua tentativa de ser mulher em sua adolescência e o reencontro, 30 anos depois, com o ex-namorado.
No seu livro ele nos relata com fidelidade, desde sua mais tenra infância até a sua maturidade, os sentimentos e as dificuldades porque passou em razão  de ter um corpo de mulher e o sentir-se homem na realidade, numa sociedade extremamente machista.
Esses relatos nos faz refletir , muito sobre o assunto o que poderá nos ajudar, no futuro, a derrubar preconceitos , usando da empatia em casos semelhantes, detentores das lições que esse livro nos oferece. Em nosso meio no Irreligiosos, com apenas algumas centenas de participantes, quantos não vivem esse drama entre seus parentes? Sempre tem alguém...
Pedi autorização, que me foi concedida, para postar um trecho do seu livro, o que faço a seguir:
...................................................................................................................................
Aos 16 anos, arranjaram-me um namorado. Foi uma combinação , sem que eu soubesse, entre Leila e um amigo do rapaz. Conhecia-o dos concertos de música clássica do Theatro Municipal e da sala Cecília Meireles. Era gordo, meio careca e muito simpático.Um baiano de 25 anos, cultura relativa e sensibilidade apurada. Saímos algumas vezes. O meu papel de namorada era sui generis, Felizmente não ostentava nenhuma espécie de machismo, o que me seria impossível suportar. Gostava de mim, do meu jeito despachado, sem me exigir muitos papéis, possibilitando que permanecêssemos juntos por um mês, até que resolveu me beijar.
Dizem que as pessoas tendem a esquecer os traumas por defesa do ego. Creio que os preservei ao máximo na memória, a fim de evitar que outros se repetissem.
Estávamos conversando num banco de bonde, abandonado na areia da lagoa Rodrigo de Freitas. Inesperadamente parou de falar. Ficou sério e engoliu minha boca. Que sensação horrível! Senti repugnância e um sufoco intenso. Afastei-o bruscamente. O insuportável não era somente o fato de ser um homem, o que tornava  tudo mais difícil , mas o de não haver nenhuma atração física ou afetiva  mais profunda entre nós. O jovem fez tudo para continuarmos, mas a impraticabilidade de nosso namoro era patente.
Durante a transação, a família exultou Davam-me todas as regalias. Não cobravam hora para chegar, nem satisfação para onde tinha ido. Ficaram desiludidos ao saber que tudo terminara.
Trinta anos depois me reencontrei com ele numa festa. Eu agora careca e barbado, e ele, apenas mais gordo e envelhecido. Estava desacompanhado. Tinha certeza de que não me reconheceria e, portanto, estava numa situação única: de poder saber do meu passado enquanto Joana, sem ser ela que falava. Não resisti e sentei-me ao seu lado. Dei a entender que já nos conhecíamos e que era muito amigo da Joana. Perguntei da relação dos dois. Falou-me que eu era um garota simpática, extrovertida e muito legal. Chegou mesmo a dizer que se apaixonara por mim! Ficou curioso  por tantas perguntas e por conhecer tantos detalhes íntimos de sua relação com Joana. Levantei-me e fui beber mais umas doses, guardando o desfecho para o fim da festa. Pouco antes de me retirar, fui procurá-lo . Dessa vez, determinado a contar-lhe a verdade. Trocamos mais algumas ideias, até que lhe pedi:
  - Olhe bem para os meus olhos. Tem certeza de que não se lembra de mim?
     Titubeou
  - Tem algo de familiar, mas não consigo me lembrar.
Diante dessa resposta disparei:
  - Faz 30 anos que não nos vemos. Depois disso sofri várias cirurgias. Dei uma guinada     de 180° e agora sou um homem. Eu era a Joana.
  - Engasgou-se com a bebida. Começou a tossir, ficando rubro. Bati nas suas costas para voltar a respirar direito. Ficou calado me olhando e com uma respiração ofegante. Finalmente falou: 
  - Joana! - aproximou-se mais dos meus olhos. - É, agora estou te reconhecendo... Você mudou muito...
    Levantei-me e me despedi, deixando-o pensativo.
    O recado estava dado.
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E ainda não acabei de ler o livro, a vivência com pessoas ilustres tais como Darcy Ribeiro, que foi Ministro da Casa Civil do governo de João Goulart, e foi reitor da Universidade de Brasília e mais tarde, como vice no governo Brizola no Rio de Janeiro, concebeu o Sambódromo e os CIEPS.
Recomendo a leitura desse livro, independentemente de ser nosso participante no irreligiosos, o João tem é história para nos contar.
Saudações.